Jura secreta 60
na carnadura dos ossos
na escriDura do éter
na concretude do vento
na engrenagem da sílaba
vocabulário onde posso
dar nome próprio ao veneno
que tem o Agro Negócio
Jura Secreta 61
pele grafia
flechas netuno cupido
a faca na língua a língua na faca
a febre em patas de vaca
as unhas sujas de Lorca
cebola pré sal com pimenta
tempero sabre de fogo
na tua língua com coentro
qualquer paixão re/invento
o corpo/mar quando agita
na preamar arrebenta
espuma esperma semeia
sementes letra por letra
na bruma branca da areia
sem pensar qualquer sentido
grafito em teu corpo despido
poemas na lua cheia
Juras secreta 62
tenho estado
entre o fio e a navalha
perigosamente – no limite
pulando a cerca da fronteira
entre o teu estado de sítio
e o meu estado de surto
só curto a palavra viva
odeio uma língua morta
poema que presta é linguagem
pratico a SagaraNAgem
na esquina da rua torta
Jura
secreta 64
para Celso Borges e Lília Diniz
faz escuro mas eu canto
Thiago de Mello
Salgado Maranhão
por isso esse novo canto
se o dia não amanhecer
o que será de Parintins
Bumba-Meu-Boi
o que será ?
o que será de Imperatriz
do povo/boi o que será
do povo/boi o que vai ser?
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