sábado, 23 de março de 2024

jura secreta 15

Jura secreta 15

leminskiAna 

o estado pode ser de choque 
ou quem sabe até de surto 
o soco pode ser no estômago 

a facada pra  ferir o fígado 
o bandido me assaltar na via 
o sangue explodir na veia 
a vodka só me dar azia 

todo instante que vier eu curto 
a palavra que pintar eu furto 
tudo o que eu faço é poesia. 

 

Artur Gomes

Juras Secretas

Editora Penalux 2018

https://fulinaimagens.blogspot.com/

terça-feira, 12 de março de 2024

Sarau Campos VeraCidade

Sarau Campos VeraCidade

 Dia 15 de Março 19h - Palácio da Cultura - música teatro poesia

 

mesa de bate-papo :um olhar sobre a cidade no que foi o que é e o que pode ser.

 

Abertura:

Leitura do poema Cidade, de Prata Tavares, por Artur Gomes

 

Participações:

mesa de bete-papo:

 Sylvia Paes + Fernando Rossi + Carol Poesia + Ronaldo Junior

 poesia:

 

Clara Abreu + Jonas Menezes + Valdiney Mendes + Marcelo Perez + Gezebel Mussi

 

música:

Thais Fajardo + Arnaldo Zeus + Reubes Pess + Renato Braga

 

teatro infantil:

 Grupo GOTA

direção:

Simone Jardim

 

contação de estória

: Onalita Tavares Benvindo

 

produção:

Artur Gomes e Clara Abreu

direção: Artur Gomes

leia mais no blog

https://fulinaimargem.blogspot.com/

Realização: Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima – Prefeitura de Campos – Uma Nova História


sexta-feira, 8 de março de 2024

Sarau Campos VeraCidade

Sarau Campos VeraCidade

 Dia 15 de Março 19h - Palácio da Cultura - música teatro poesia

 mesa de bate-papo :um olhar sobre a cidade no que foi o que é e o que pode ser.

 Abertura:

Leitura do poema Cidade, de Prata Tavares, por Artur Gomes

 Participações:

mesa de bete-papo:

 Sylvia Paes + Fernando Rossi + Carol Poesia + Ronaldo Junior

 poesia:

Clara Abreu + Jonas Menezes + Valdiney Mendes + Marcelo Perez + Gezebel Mussi

 música:

Thais Fajardo + Arnaldo Zeus + Reubes Pess + Renato Braga

 teatro infantil:

 Grupo GOTA

direção:

Simone Jardim

 contação de estória

: Onalita Tavares Benvindo

 produção:

Artur Gomes e Clara Abreu

direção: Artur Gomes

leia mais no blog

https://fulinaimagens.blogspot.com/

Realização: Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima – Prefeitura de Campos Uma Outra História

quinta-feira, 7 de março de 2024

Da Carne da Palavra - Tanussi Cardoso

Juras Secretas - Artur Gomes
Editora Penalux - 2018
imagem: Felipe Stefani

DA CARNE DA PALAVRA
Tanussi Cardoso, poeta

Ator, produtor, videomaker e agitador cultural, o poeta Artur Gomes tem assinatura própria. SagaraNAgensFulinaímicas, seu mais novo livro, repleto de citações a partir do título, é a prova generosa do que afirmo: um inventário da pulsação de sua escritura, uma das mais iluminadas, entre os remanescentes da geração que se inicia nos anos 60-70.

Mesmo mirando certa desconstrução narrativa, o autor semeia as raízes culturais, germinadas naquelas décadas, que desabrocharam como furacão em nossa arte, principalmente vindas da canção popular, com sua palavra cantada, da poesia marginal, da Tropicália, do Concretismo, do poema-postal, da poesia visual, do cinema e, mesmo, dos quadrinhos.

Todo esse caldeirão cultural, todas essas referências e linguagens eram (são) muito próximas: Caetano, Gil, Torquato, Glauber, Leminski, Waly, Gullar, Hilda Hilst... E é desse quadro geracional (e bem lá atrás,Drummond, Murilo Mendes, Bandeira, Cabral, Quintana, Mário, Oswald e Guimarães Rosa - e principalmente -, a trilogia dos malditos: Rimbaud, Baudelaire e Mallarmé, além dos ecos do mestre beat, Allen Ginsberg), é desse manancial criativo que o poeta consegue desarmar o que nele se encontra envolto, de forma atávica, e reafirmar seus próprios tempo e potência, com o refinamento de sua fala.

Ao unir todo artefato onde exista possibilidade de poesia, Artur Gomes habita o lugar entre a palavra e a imagem, ao experimentar os sentidos que lhe chegam, sugando os afluentes existentes nas estruturas tradicionais de nossas artes, e reescrevendo-os a seu bel-prazer, num mix de nostalgia e futuro.

“visto uma vaca triste como a tua cara:
estrela cão gatilho morro
a poesia é o salto de uma vara”

De forma particular, o autor parece nos indicar algo que se confunde com transgressão, mas, ao mesmo tempo, mantém a linha tênue da poesia clássica, ao flertar com um romantismo de tintas fortes, e tocando, igualmente, o surrealismo, com uma violência verbal, que cheira à flor e à brutalidade. Cada poema possui sua própria respiração, pausa e pontuação emocionais. Quem não gostar de sangrar e ir fundo no mais recôndito dos prazeres é melhor não prosseguir na leitura, mas quem tiver coragem de encarar a vida de frente e se deliciar com versos saborosos e extremamente imagéticos, entre no mundo do poeta, de imediato, e sentirá a alegria de descobrir uma poesia a que não se pode ficar indiferente.

“a língua escava entre os dentes
a palavra nova
fulinaimânica/sagarínica
algumas vezes muito prosa
outras vezes muito cínica”

Ainda que não pretenda novas experiências formais, o autor consegue alcançar perspectivas ousadas e radicais, em vários enquadramentos linguísticos, sempre disponíveis para o espanto, já que quando falamos de poesia, tocamos em lados inexatos, onde qualquer inversão de objetividade, e da própria realidade, é sempre bem-vinda. Sua poesia tem muito da desordem, da inobservância de regras, do não sentido, e apresenta um discurso contrário a certo pensamento lógico, fazendo surgir nas páginas do livro, algumas impurezas saudáveis.

“te procurei na Ipiranga
não te encontrei na Tiradentes
nas tuas tralhas tuas trilhas
nos trilhos tortos do Brás
fotografei os destroços
na íris do satanás”

SagaraNAgensFulinaímicas nos apresenta uma peça de tom quase operístico e, paradoxalmente, para um só personagem: o Amor. E o desenho poético dessa montagem pressupõe uma grande carga lírica, alegórica e, tantas vezes, dramática, ao retratar o som universal da Paixão, perseguindo a imagem ideal dos limites do desejo. Seus versos são movidos por esse sentimento dionisíaco, e por tudo que é excesso, por tudo que é muito, como na música de Caetano.

“te amo
e amor não tem nome
pele ou sobrenome
não adianta chamar
que ele não vem quando se quer
porque tem seus próprios códigos
e segredos”

E indaga e responde:

“até quando esperaria?
até que alguém percebesse
que mesmo matando o amor
o amor não morreria”

Em seu texto, há uma espécie de dança frenética, onde interagem os quatro elementos do Universo – Terra, Água, Fogo e Ar – numa feitiçaria cósmica em contínuo transe mediúnico. Poesia que é seta certeira no coração dos caretas e dos conformados, ao apontar para as possíveis descobertas inesperadas da linguagem, inebriada pela vida, pelo cantar
amoroso, pelo encontro dos corpos.

“e para espanto dos decentes
te levo ao ato consagrado
se te despir for só pecado
é só pecar que me interessa”

Dono de uma sonoridade vocabular repleta de aliterações e assonâncias, que remetem à intensa oralidade e à pulsão musical, refletindo no leitor o desejo de ler os poemas em voz alta, o poeta brinca com as palavras, cria neologismos, utiliza-se de colagens originais, e soma ao seu vasto arsenal de recursos, o uso das antíteses, dos paradoxos, das metonímias, das metáforas, dos pleonasmos e, principalmente, das hipérboles, através de poemas de impactante beleza. Esse jogo vocabular, que a tudo harmoniza, transforma a dinâmica do verso, dá agilidade, tensão e ritmo envolventes a uma poesia elétrica e eletrizante. Um bloco de tesão carnavalizante e tropical - atrás de Artur Gomes só não vai quem não o leu.

“quero dizer que ainda é cedo
ainda tenho um samba/enredo
tudo em nós é carnaval”

De forma lúdica e irônica, reconstrói, ou reverte, as intenções de Guimarães Rosa, quando Sagarana se mistura à ideia de paisagens e ao sentido de sacanagens; e às de Mario de Andrade - onde Macunaíma reparte seu teor catártico em poéticas folias, ou em fulias de imagens, ou seja, em fulinaímicas poesias, banhadas de caos e humor.

“é língua suja e grossa
visceral ilesa
pra lamber tudo que possa
vomitar na mesa
e me livrar da míngua
desta língua portuguesa”

Ao seguir de perto o conceito metafórico do processo crítico e cultural da Antropofagia, o artista ratifica seus valores, com sua língua literária, e reafirma o ato de não se deixar curvar diante de certa poesia catequisada pela mesmice e pelo lugar comum, distanciando-se da homogeneidade de certo academicismo impotente e de certos parâmetros poéticos com que já nos acostumamos. De acordo com o próprio autor, revelado em uma entrevista, SagaraNAgensFulinaímicas é um pedido de bênção a seus Mestres, imbuído do teor catártico que sua poesia contém, como o fragmento do poema que abre o livro:

“guima meu mestre guima
em mil perdões eu vos peço
por esta obra encarnada
na carne cabra da peste”

E afirma:

“só curto a palavra viva
odeio essa língua morta
poema que presta é linguagem
pratico a SagaraNAgem
no centro da rua torta”

No livro, os poemas se interpenetram, linguisticamente, libidinosos, doces e cruéis, vampiros de imagens ferrenhas,num aparente jogo de representação, onde o rosto do poeta se mostra e se esconde, de acordo com a mutação e o reflexo de seus espelhos interiores. Seus textos ora afirmam, ora desmentem o já dito, a nos lembrar um de seus ídolos, Raul Seixas, e a sua metamorfose ambulante. Sentimentos contraditórios, como se o autor quisesse, propositalmente, escorregar segredos pelos nossos olhos,ambiguamente, rindo de nós, a nos instigar: “Desnudem a minha esfinge!”

“eu não sou flor que se cheire
nem mofo de língua morta”

Na verdade, sua poesia apresenta vários (re) cortes, várias direções, vários abismos e formas de olhar a vida e o mundo. Como se o verdadeiro Artur se dissolvesse em outros, a cada poema, e essa dissipação o transformasse em alguém improvável, impalpável. Errante. Artur Gomes, ele mesmo, são muitos. E todos nós.Afinal, “o poeta é um fingidor”, ou não?

“a carne que me cobre é fraca
a língua que me fala é faca
o olho que me olha vaca
alfa me querendo beta
juro que não sou poeta”

Tantas vezes escatológico e sensual, numa performance textual que parece uma metralhadora giratória, o seu imaginário poético explode em tatuagens, navalhas, sangue, cicatrizes, punhais, facas, cuspe, pus, línguas, dedos, dentes, unhas, seios, paus, porra, carne, flores e lençóis, como um paraíso construído num inferno, e toca o nosso céu interior, nas ondas de um mar verde escondido em nosso peito. Na nossa melhor alma.

Sem falsos pudores, o autor procura, em seu liquidificador de palavras, misturar o erótico, o profano e o sagrado, com cortes de cinismo e grande dose de humana solidariedade. Equilibrista na corda-bamba, sem rede de proteção, entre razão e delírio, instiga dualidades com seus versos de alta voltagem poética. Com linguagem rebuscada, seu trabalho ultrapassa os limites das páginas do livro, e reverbera como tambor, mesmo após o término de sua leitura.

“a carne da palavra
: POESIA

l a v r a q u e s o l e t r o
todo Dia”

A poesia de cunho social é, igualmente, referência obrigatória em seu trabalho, desde o início de sua carreira literária, marcadamente, em Jesus Cristo Cortador de Cana, de 1979, mas, principalmente, no memorável e premiado O Boi Pintadinho, de 1980. Esses poemas político-sociais, junto ao tema amoroso, também encontramos em outras obras importantes do poeta, como Suor & Cio, de 1985, Couro Cru & Carne Viva, de 1987 e 20 Poemas com Gosto de JardiNÓpolis& Uma Canção com Sabor de Campos, de 1990, e se inserem em todos os seus livros posteriores, que culminam agora em SagaraNAgensFulinaímicas.

Em suas viagens imemoriais, o poeta mistura São Paulo, Copacabana, Búzios, calçadas, origem, chão, mares, cactos, sertão, onde tudo sangra de maneira violentamente bela e sem volta. Só a língua a ser reconstruída em poesia.

“ando por são Paulo meio Araraquara
a pele índia do meu corpo
concha de sangue em tua veia
sangrada ao sol na carne clara”

Artur Gomes sabe que ao escritor cabe proporcionar beleza e prazer. Entende que a poesia existe para expressar a condição humana, tocar o coração e a emoção do outro, e dar oportunidade para que seu interlocutor tenha chances de conhecer-se mais e melhor. Eque só há um meio de o poeta conseguir seu intento: cuidar e aperfeiçoar a linguagem. Sempre coerente, Artur Gomes sublinha o essencial de seu pensamento, ratificando em seu trabalho que as duas maiores palavras da nossa língua são amor e liberdade.

“a coisa que me habita é pólvora
dinamite em ponto de explosão
o país em que habito é nunca
me verás rendido a normas
ou leis que me impeçam a fala”

SagaraNAgensFulinaímicas veio confirmar o que os leitores do poeta já sabiam: Artur Gomes é um artista instigante, um cantador que desafia rótulos. No seu fazer poético, há um desfocar proposital da realidade, onírico e cinematográfico, que mergulha em constantes vulcões, em permanente ebulição – um texto em contínuo movimento.

Sua poesia metalinguística, plástica, furiosa, delicada, passional, corporal, sexual, desbocada, invasiva, libertária, corrosiva, visceral, abusada, dissonante, épica é, antes de tudo, a poesia do livre desejo e do desejo livre. Nela, não há espaço para o silêncio: é berro, uivo, canto e dor. Pulsão. Textura de vida. Uma poesia que arde (em) seu rio de palavras. 


leia mais em https://fulinaimagens.blogspot.com/



sábado, 2 de março de 2024

despautério de torquália

 


 despautério de torquália

 

nada demais

se o muro é pintado de verde

não sei se ainda quero ver-te

neste país do carnaval

 

lírico demais

se os planos são enganos

para mim tanto faz

as perdas e os danos

 

eu sou como sou: vidente

e vivo tranquilamente

todas as horas do fim

 

se o poeta é um anjo torto

a tarde já nos traz

o corpo de um outro morto

 

agora não se fala mais

toda palavra é uma cilada

o início pode ser o fim

do começo que não deu em nada

 

eu sou como sou: vidente

e vivo tranquilamente

todas as horas do fim

 

nada de  mais

se quiserem roer o osso

já não estou nem aí

como geleia até o pescoço

 

nada de mais

se a palavra é precipício

o que fica tanto faz

a poesia já não corre risco

 

Herbert Valente de Oliveira

leia mais no blog

https://fulinaimacarnavalhagumes.blogspot.com/


https://fulinaimatupiniquim.blogspot.com/

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

múltiplas poéticas

Tenho o prazer de informar que BALBÚRDIA 3 receberá um nome de peso: quem acaba de confirmar presença é nada menos que o biógrafo de Leminski, o jornalista Toninho Vaz, autor de "Paulo Leminski - O bandido que sabia latim".

                                  Tchello d´Barros


despautério de torquália

 

nada demais

se o muro é pintado de verde

não sei se ainda quero ver-te

neste país do carnaval

 

lírico demais

se os planos são enganos

para mim tanto faz

as perdas e os danos

 

eu sou como sou: vidente

e vivo tranquilamente

todas as horas do fim

 

se o poeta é um anjo torto

a tarde já nos traz

o corpo de um outro morto

 

agora não se fala mais

toda palavra é uma cilada

o início pode ser o fim

do começo que não deu em nada

 

eu sou como sou: vidente

e vivo tranquilamente

todas as horas do fim

 

nada de  mais

se quiserem roer o osso

já não estou nem aí

como geleia até o pescoço

 

nada de mais

se a palavra é precipício

o que fica tanto faz

a poesia já não corre risco

 

Herbert Valente de Oliveira

leia mais no blog

https://fulinaimacarnavalhagumes.blogspot.com/


Santa Paciência  - Casa Criativa

 5 Anos – 5 anos de um espaço fundamental para a cultura alternativa da cidade. Dia 16 de março estaremos lá para festejar - Rua Barão de Miracema, 81 - Campos dos Goytacazes-RJ

 

Tive o imenso privilégio de contribuir com a programação cultural da casa com minha exposição de Poesia Visual. Parabéns, Artur, por movimentarem esse espaço em que a arte vibra livre e o verso pulsa a verve!

 Tchello d`Barros


 Da série POEsiA NEssA HorA

 A VIDA É UM ADVÉRBIO

                   DE LUGAR

 

 ‘Quisera um texto simples

como se manhã servida

com gosto de pão fresco.

Como janelas que se oferecem

à paisagem ou, se ficção,

ao seu reflexo.

Quisera palavras cruas,

feito casa só no osso

e cal nas paredes.

Algo que na versão final

tenha o rascunho

da cópia posta no cesto.

Quisera um texto simples

que traficasse afetos

na leitura de poemas.

Feito a matéria dos sonhos

que inesperadamente

                                  se encontram

em um bar de Santa Teresa.

 

MARCUS VINÍCIUS QUIROGA, no 📖 livro ‘ Coletânea  Terça

ConVerso ‘, 5475 Dias de Poesia,

do Grupo Poesia Simplesmente


                     Da série POEsiA NEssA HorA

 

                  L I M I T E

 

      A palavra

      o conceito

      o enigma

      é o que intriga

 

             trabalhar com a filigrana

             andar na corda bamba

             tecer com fino fio

             as incertezas da vida

 

                             estar no limiar

                             humano / animal

                             pecado / virtude

                             moral / imoral

 

     quero e não posso

     me traio, me troco,me tranco

 

vez ou outra não aguento

salto fora da muralha

 

                     e me corto toda

                     no fio da navalha

 

               do espetáculo

 FIOS DIVERSOS-1999

 

LAURA ESTEVES, no 📖  livro

‘Poesia Simplesmente 10 anos’

2008 🌬👀👣💋💥🗡💔🏃‍♀

💟 SRC


Da série POesiA NessA 

                                      HorA⁉️


               O   P O E M A


O poema não deve ser

                                 prisioneiro 

     das páginas de um livro 

e nem ficar pegando poeira 

                    numa prateleira.

O poema tem vida própria 

     e uma história maior

                          a ser contada.

Deve ficar guardado 

                             na memória,

lembrado e repetido de cor.

Ah, imagino quanta alegria 

              a sua ser ouvido 

nos momentos de luta 

                               e de euforia 

    na voz do povo nas ruas.

Na cantoria de um vendedor 

                                  de feira,

escrito no quadro-negro 

   de uma escola da periferia,

declamado por uma doce

                  e ingênua colegial,

se ver estampado,

               em meio às notícias,

    na página de um jornal.

De mão em mão, passar

       de uma a outra geração 

 e para todo o sempre

                            ser lembrado.

      O poema sonha 

                       em ser amado.

 

             L A   P O E S I A


La poesia non dev’essere 

                                prigioniera

delle pagine di un libro 

  e né prendere la polvere 

                      su uno scaffale.

La poesia ha una vita 

                                   propria 

  e una storia più grande 

                       da raccontare.

Deve essere conservata 

                        nella memoria,

  ricordata e ripetuta

                                 a memoria.

Ah, immagino quanta gioia 

    la sua essere ascoltata nei

momenti di lotta ed euforia

  con la voce della gente 

                              nelle strade.

Nel canto di un venditore

                                 ambulante,

 scritta sulla lavagna 

    di una scuola di periferia,

declamata da una dolce 

        e ingenua studentessa,

vederti stampata,

                           tra le notizie,

 su una pagina di giornale.

     Di mano in mano, passare 

 da una generazione all’altra

     e per sempre essere 

                                   ricordata.

       La poesia sogna 

                     di essere amata.


 SILVIO RIBEIRO DE CASTRO

            em ‘FLORILÉGIO,

 2a. Antologia poética 2020

ARTE  🎨  -   O Flautista, de       Alice Vinagre,  na  revista

      ITÁLIAMIGA 2020 📚

 💟 SRC ✍️

viva a liara do delírio antropofágica paulista metendo a língua na linguagem os bordéis de copacabana

                                              Artur Gomes 

https://fulinaimagens.blogspot.com/


mulher/mulher 


fosse essa mulher

esta cidade

mesmo não fosse

assim seria

 av paulista domingo

a tarde

 pacaembu parque do Ibirapuera

higienópolis Itaquera

amor de índio em plena primavera

fosse essa mulher

esta cidade

braz praça da sé

paraíso liberdade

o amor inda não feito

agora em nós então faria

estação da luz

museu da língua portuguesa

com tua sensibilidade

com toda     delicadeza

 

Artur Fulinaíma

https://arturkabrunco.blogspot.com/


jura secreta 15

Jura secreta 15 leminskiAna  o estado pode ser de choque  ou quem sabe até de surto  o soco pode ser no estômago  a facada pra  ferir ...