não me sigam não sou um
eu sou trezentos eu sou plural
estou nos meios nos terreiros nos centros eu sou o Zeus da Universal
nunca estive em Bagdá
mas adriana esteve
carnaval pra mim é vai que dá. estava voltando do desfile de blocos do Rio de Janeiro, no carnaval de 2005 e quando cheguei no apartamento em que estava hospedado em Botafogo, me deparei com uma mensagem no celular me convidando para dirigir um curso de Teatro em São Fidélis pela FAETEC.
foram 5 meses de encontros semanais com amigos e amigas que já faziam parte do grande rol de amizades que tenho naquela cidade. alguns ainda moradores da Cidade Poema, outros saíram para outras paragens, mas acabaram retornando a terra natal.
o carnaval a carnavalha nomes de musas que me perseguem de Dante a Chico Buarque todas todos os poetas já cantaram seu nomes e tem um que me acompanha desde a infância ainda na cacomanga, como também essa cicatriz que continua cravada na carne nos nervos como se fosse esfinge clarice/beatriz.
Artur Gomes
https://arturkabrunco.blogspot.com/
Jura Não secreta
p/ paulo leminski
quando a ciranda de roda
atravessou minha rua
com teus fogos de artifícios
pelos céus da tua boca
foi então que eu quis a lua
e disse então sem sabê-la
antes que ela me visse
e neste dia eu vi Alice
quando então ela me disse:
- foi neste chão que eu fiz Estrela
Artur Gomes
www.porradalirica.blogspot.com
sombras na parede as vezes me invocam falas delírios outros nem precisa tapa na pantera muitas vezes uma doze de conhac basta como quando editávamos o curta tropicalirismo Jiddu me colocou na mala da fama foquei lá e até hoje não achei outro endereço minha cama tem colchão de palha e a tua tem lençóis que não conheço
Primeiro de uma série está no AR - é só clicar no link baixar e navegar pelo coração do mato dentro - Gratidão mais uma vez ao grande amigo e parceiro Jiddu Saldanha, amizade e parceria que começou quando nos conhecemos em 1992 quando ele estava chegando de Curitiba no Rio de Janeiro.
Novo e-Books, esse eu fiz para o Artur Gomes, o poeta mais escrachado da geração 1970!
Acompanho a trajetória desse poeta a pelo menos 30 anos. Fizemos um e-Book arqueológico, o leitor vai garimpar seu vasto mundo na internet...
no Ar
não penso
atravesso
o portão da tua casa
o corpo em fogo
a carne em brasa
tudo arde
nas cinzas das horas
no silêncio da tarde
vou entrando sem alarde
sem comício
como o pássaro
que acaba de cantar
em pleno hospício
você pensa que escrevo em rua reta ou estrada sinuosa para você poesia é verso do inverso ou avesso de uma prosa? escrevi pscanalítica 67 em mil novecentos e sessenta e sete numa madrugada de setembro outubro quando visitei meu pai no henrique roxo e vi vespasiano contra a parede dando cabeçadas no manicômio mais uma vida exterminada e no fim das contas noves fora nada tudo o que eu queria dizer naquela hora explode agora quando atravesso o portão da tua casa o corpo em fogo a carne em brasa sem pensar estética estrutura estilo de linguagem sinto o desejo entre os teus mamilos a espera do beijo da esfinge que devora
Artur Gomes
PoÉticas ArturiAnas
https://www.facebook.com/arturgomespoeta
ainda existe uma mulher
que me distorce o crâneo
me disseca e me atraca
quando chego ao cais
com esse barco em movimento
essa carcaça de lâminas e ossos
um mulher que me estica o plumo
e me deixa arame farpado
a ponto de me sangrar os dedos
poética 58
se a negritude ameríndia
do meu canto
lhe causa desconforto
insana criatura
não se assuste com essa química
isso se chama Sagaranagens Fulinaímicas
meu girassol de metáforas
meu caldeirão de misturas
Tropicalirismo
girassóis pousando
NU - teu corpo festa
beija-flor seresta
poesia fosse
esse sol que emana
do teu fogo farto
lambuzando a uva
de saliva doce
Zeus me livre
Zeus me livre
dessa trágica comédia brasiliense
prefiro o nonsense - a patafísica
o teatro do absurdo de Ionesco, Arrabal
Fando e Liz, A Cantora Careca
As Cadeiras, A lição, Rinoceronte
As Mortes do Tanussi
me removem cicatrizes
como dias mais felizes¿
se Belo Horizonte chora
a morte de 56 mineiros
e o Espírito Santo também chora
os corpos soterrados pela lama
essa tragédia social
os 270 mortos em Brumadinho
mostram que no brazyl
há muita lama no meio do caminho
nas poéticas de Federico Baudelaire é foda-se quem quiser, as tragédias sempre estão presentes, sociais, humanas, políticas, reais ou su-reais. com os rasgos das mortalhas ele tece os carnavais, os atalhos, os becos, as vielas até mesmo os não canaviais.
Meu blog juras-secretas - no blogspot. com - foi denunciado no face por abuso aos padrões de segurança desse sistema - até quando viveremos tempos como esse em que pessoas completamente desprovidas de conhecimento, podem determinar o que se cabe ou não cabe ser divulgado em uma plataforma digital? O que está postado no blog são poemas do livro, e o erotismo de alguns, com certeza mexe com a libido dessas dar-mares evangélicas recatadas de araque que só trepam com jesus na goiabeira. Para quem quiser conferir deixo a dica aí em cima do link é só juntar e navegar, e boa viagem ao coração do mato dentro.
Artur Gomes –
Pátria A(r)mada
www.arturfulinaima.blogspot.com
IndGesta
uma caneta pelo amor de deus
uma máquina de escrever
uma câmera por favor
quero um computador
nem que seja pós moderno
vamos fazer um filme
vamos criar um filho
deixa eu amar a lídia
que a mediocridade
dessa idade mídia
não coca cola mais
nem aqui nem no inferno
Artur Gomes
O Poeta Enquanto Coisa
Editora Penalux – 2020
www.secretasjuras.blogspot.com
A Diretoria da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro envia, em anexo a este, o certificado de premiação e convida para a reunião virtual que será realizada no dia 23 de Outubro às 16 h.
Atenciosamente,
Euridice Hespanhol
Diretoria social da UBE/RJ
O Poeta Enquanto Coisa
Disponível para compra no site www.editorapenalux.com.br
SINOPSE: Depois das excitadas e excitantes Juras secretas, de 2018, o poeta e artista multimídia Artur Gomes volta a tornar pública sua jura de amor e fidelidade ao arcaico deus Dionísio em “O poeta enquanto coisa” [...] Comparece ao ethos deste livro a mesma embriaguez fulinaímica de sempre: a que toma, mediante o delírio atento frente aos passos obtusos do ser e estar das gentes, cada palavra como taça, vinho tinto e uma tinta capaz de, em contrapartida, rogar lúcida a passagem dilacerada do humano pelas páginas turvas do mundo. [...] Seus versos são rascunhos, rasuras e ranhuras a passar a limpo os nexos e os nervos de sua fatura formal e estilística, deixando sobre a página tanto um rastro de unha quanto o esmalte dos escritos e vozes que em sua alma avultam e nos dedos instauram cutículas. [...] Não apenas o corpo do homem, da mulher, se sensualiza e se sexualiza sob a força cósmica de Eros. [...] Nessa porosidade, o poeta se entende permeável a coisas e pessoas (a pessoas já misturadas às coisas, a pessoas já coisas) [...] Também por isso, por essa poesia de tamanho contato, fricção, a relação com a língua se confirma erotizada e – vale dizer – tanto a língua física quanto a verbal, o que equivale a dizer que escrita e oralidade se reencontram no poeta: a sofisticação da escritura literária não perde (pelo contrário, potencializa) a dimensão primigênia do poeta como cantor, como ator “na divina língua de Baco”. [...] Artur Gomes ouve o canto da sereia em sua cama, livro, divã, [...] se obstina pela ideia de confissão, mas de uma confissão dionisíaca [...] preferindo um louvor a Dionísio a um Deus que não sabe dançar, que não sabe gozar, na liturgia de uma poesia que roga.
Trechos do prefácio de Igor Fagundes
Festival Cine Vídeo De Poesia Falada
De alguma forma, Valdir Rocha é também responsável pela realização dessa Mostra, pois foi ele quem me colocou em contato com o Antônio Cunha, para autorizá-lo a gravar o meu Indgesta, poema do livro Pátria A(r)mada – Editora Desconcertos – 2019. Quando vi pela primeira vez o vídeo, a emoção bateu forte. E daí, comecei a acompanhar de perto a produção da Série Outros Autores, e a cada interpretação do Antônio, o coração saltava mais alto. Como a ideia do Projeto Arte Cultura Oficinas já estava em andamento, acrescentei entre as suas atividades a Mostra Cine Vídeo De Poesia Falada para mim uma das melhoras formas para divulgação poética. Quero deixar público, mês agradecimentos ao Valdir Rocha, por esse contato maravilho, ao Antônio Cunha, por ter permitido seus vídeos na Mostra, ao parceiro Tchelo d´Barros, pela criação da Arte do Cartaz, e a todos os poetas que compõem essa Primeira Mostra que se estenderá até o dia 15 de dezembro.
Artur Gomes
Studio Fulinaíma Produção Audiovisual
https://www.facebook.com/studiofulinaima
Mar que as vezes vem
mar que as vezes vai
Mar quando vem
me entra e fica
e quando vai
de dentro de mim não sai
Artur Gomes
www.fulinaimicamente.blogspot.com
faço a minha parte
o que ninguém faz não me interessa
eu tenho pressa
tragédia infame
empresto minha voz aos deserdados os desnutridos
os que não tem pela manhã café com pão
e sobre a mesa no almoço nem mesa
nem carne seca com farinha
espinha de peixe na garganta
é o que sobrou pra curuminha
empresto meu corpo minha voz
a esses personagens
os que tem sede os que tem fome
ou os que morrem assassinados
nos guetos nos campos nas cidades
por balas de fuzil está fudido o brasil
entregue as traças então me resta
exterminar o nome o sobrenome o apelido
do causador dessa desgraça
Artur Gomes
O Homem Com A Flor Na Boca :
Deus Não Joga Dados
https://fulinaimatupiniquim.blogspot.com/
ofício de poeta
franzir a noite
é o mesmo que bordar o dia
costuro o tempo
com linhas de pesar moinhos de vento
entre o franzido e o bordado
escrevo desenredos
e vou foto.grafando
filmando poesia
na solidão dos meus enredos
Artur Gomes
E a viagem antropomágica continua
venha viajar com cine vídeo poesia
Fulinaíma MultiProjetos
KINO3 – Studio Fulinaíma Produção Audiovisual
https://www.facebook.com/studiofulinaima
aquário
quando a polícia chegou
ela estava na sala
sentada no sofá
a boca arreganhada
a dor arredando-se troppo tarde
o gato miava
o olhar preso no tempo
ignorava a janela aberta
temporal relâmpagos ventania
ana maria braga na tevê
contas vencidas no chão
o gato miava
havia sangue por todo canto
e o sorriso estava no fundo:
abaixo do peixinho vermelho
seus 32 dentes de porcelana
trovejavam impecáveis
o gato miava
sil guimarães
[ imagem meus gatos lola & barthô ]
O demiurgo
do vírus
nova ordem virá
o humano
demasiado humano
continuará
César Augusto de Carvalho
POEMA XXII
Os amantes
não são eternos.
Disse-me uma mulher
que traía sua companheira.
São como as calçadas
e as casas de cavalo.
São como
as lâmpadas fluorescentes
e os copos de vidro.
Nunca ousamos dizer:
lealdade no deserto de dedos!
Disse-me uma mulher
que traía sua companheira:
Olha as águas
do rio sonolento.
Observa se nele
vivem pescadores embriagados.
Vê se respiram
fogueira com aroma de cravo.
Os amantes não são eternos.
Disse-me uma mulher
quando se dobrava em mim.
Celso de Alencar
Publicado no livro SETE, 2001- Vinte e cinco xilogravuras do artista plástico Valdir Rocha e vinte e cinco poemas de Celso de Alencar
A METAFÍSICA IMPUNE
eis a metafísica impune
nas escamas dos peixes
que saltam nas redes
reluzindo o resto de negrume
da noite que fugaz se evade:
Ademir Demarchi
Pirão de Sereia
Realejo Edições - 2012
Jura Secreta 45
fulinaimagem
1
por enquanto
vou te amar assim em segredo
como se o sagrado fosse
o maior dos pecados originais
e minha língua fosse
só furor dos Canibais
e essa lua mansa fosse faca
a afiar os versos que inda não fiz
e as brigas de amor que nunca quis
mesmo quando o projeto
aponta outra direção embaixo do nariz
e é mais concreto
que a argamassa do abstrato
por enquanto vou te amar assim
admirando teu retrato
enquanto penso minha idade
e o que trago da cidade
embaixo as solas dos sapatos
2
o que trago
embaixo as solas dos sapatos é fato
bagana acesa
sobra do cigarro é sarro
dentro do carro
ainda ouço Jimmi Hendrix
quando quero
dancei bolero
sampleAndo rock and roll
prá colher lírios
há que se por o pé na lama
a seda pura foto-síntese do papel
tem Flor de Lótus nos bordéis Copacabana
procuro um mix da guitarra de Santanna
com os espinhos da Rosa de Noel
Artur Gomes
do livro Juras Secretas
Editora Penalux - 2018
imagem: Felipe Stefani
essa costela arrancada
suja de dor & mel
" Ao abismo caímos
e não era voo aquilo "
Ludwig Zeller
eu faço
porque faço
como se fácil fosse
como se eu
fosse um
fosso fértil
fogo - fátuo
um filho
do farto idílio
ou
do fausto desígnio
( oito mil
olhos mortos
me olham oblíquos )
eu faço
porque se não faço
a língua seca
como se lírio fosse
como se
fosse um
fato fútil
feto fosco
fonte falsa
ou uma
folha solta
salto falho
( urubus passeiam
sobre sete encantadores
assombros
e sobre seis avenidas
selvagens
cinco silêncios supersônicos
trafegam trêmulos )
eu faço
porque faço
como se festa fosse
como se eu
fosse um
filisteu filósofo
filipino andrógino
paladino erótico
girassol perplexo
vestígio herético
( &
oito mil
olhos
se abrem
ébrios
se calam
mortos )
garbo gomes
( texto)
Valdir Rocha
( Arte)
cato cacos de azuis
nos alumínios
em cada mínimo
que vejo azulejo
Federico Baudelaire
E como a máquina marcasse o meu desejo
e minha mão latente se perdesse
no ato frio que a vida emana
só pude ver um rosto inacabado
e uma entranha mais q se pusesse
no rastro do entorno já perdido
no fogo q arrebenta uma pupila
que só dardeja na noite do teu ventre
e num somenos acaba de apagar.
Romério Rômulo
A máquina do mundo pós-Drummond)
sua língua
na minha
corpo
todo
caminha
Dinovaldo Giliolli
ainda que hoje não fosse
o dia que queremos
é carnaval
é carNAvalha
navalha na carne
carne na navalha
despir os panos
pensar os planos
soltar o berro
e ferro na boneca
que ninguém é de ferro
Artur Gomes Fulinaíma
https://braziliricapereira.blogspot.com/
Jura Secreta 32
fosse apenas o que já foi dito
escrito falado pensado
não fosse tudo o que já foi maldito
e nada do que nunca foi sagrado
falo em tua boca enquanto em transe
um anjo me ilumina tanto
que mesmo mudo em tua língua canto
como um diabo que subindo aos céus
tentou muito mais de uma vez
quem sabe Gregório ou quem sabe Castro
descendo aos infernos como sempre fez
talvez Camões no corpo de um astro
me lance a infinita chama da pornô Gráfica lucidez
Artur Gomes
do livro Juras Secretas
Editora Penalux – 2018
Ente/Vistas
Concedendo entrevista ontem 15 de agosto 2025 a Raphael Fuly, licenciando em música no IFF Guarus, sobre a minha trajetória com Arte dentro da ETFC/CEFET/IFF, de 1968 a 2012. Raphael é orientando pela queridíssima amiga Beth Rocha, parceira de grandes espetáculo de Teatro Musical que montamos no CEFET/IIF a partir de 1997, tais como “O Dia Em Que A Federal Soltou a Voz e Criou Um Coro de 67 Vertebrados”, espetáculo que foi apresentado em 1997 no Auditório Miguel Ramalho, marcando a chegada de Beth no CEFET/Campos e o meu retorno de uma licença prêmio para coordenar a Oficina de Artes Cênicas, que criei em 1975.
A entrevista foi realizada no Casarão - Centro Cultural, na Rua Salvador Correia, 171. Raphael Fuly, é integrande de uma banda formada por estudantes de música no IFF, contemplada em edital na lei Aldir Blanc, dia 22 deste a banda estará se apresentando no Museu Histórico de Campos, e um dos integrantes da mesma, Pablo Vinícius, que em 2022 participou do meu Projeto Geleia Geral – Semana de 22 – 100 Anos Depois, me pediu licença para nomear a banda com o nome Balbúrdia PoÉtica, o que imediatamente autorizei, e no dia 22 pretendo batizá-la tornado-a minha afilhada.
Como bem disse lá pelos idos de 2005, quando fui contemplado no projeto Poesia Na Idade Mídia – Outros Bárbaros, de Ademir Assunção realizado no Itaú Cultural São Paulo, no poema VeraCidade: - por quê trancar as portas/tentar proibir as entradas/se eu já habito os teus 5 sentidos/e as janelas estão escancaradas.
*
VeraCidade
por quê trancar as portas
tentar proibir as entradas
se já habito os teus cinco sentidos
e as janelas estão escancaradas ?
um beija flor risca no espaço
algumas letras de um alfabeto grego
signo de comunicação indecifrável
eu tenho fome de terra
e esse asfalto sob a sola dos meus pés
agulha nos meus dedos
quando piso na Augusta
o poema dá um tapa na cara da Paulista
flutuar na zona do perigo
entre o real e o imaginário
João Guimarães Rosa
Caio Prado
Martins Fontes
um bacanal de ruas tortas
eu não sou flor que se cheire
nem mofo de língua morta
o correto deixei na Cacomanga
matagal onde nasci
com os seus dentes de concreto
São Paulo é quem me devora
e selvagem devolvo a dentada
na carne da rua Aurora
Obs.: em 2023 quando fui convidado por Sylvia Paes, para voltar a prestar serviços na Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, escrevi o projeto Campos VeraCidade, que até hoje está engavetado, porque não há interesse na gestão pública da cidade, em fomentar um projeto de Arte Cultura, que reflita profundamente sobre a cidade, no que ela foi, o que ela é e o que ela pode ser.
*
Leia mais no blog
Artur Gomes A Biografia de Um Poeta Absurdo
https://fulinaimargem.blogspot.com/
As fotos são de Nilson Siqueira
Artur Gomes
77 anos de vida
52 de Poesia Viva
Dia 27 de agosto 20h
Carioca Bar –Rua Francisca Carvalho de Azevedo 17 - Parque São Caetano
Próximo ao Colégio Estadual João Pessoa – Campos dos Goytacazes-RJ
Dia 11 de outubro 18h
Casa AmarElinha – Itaipu – Niterói-RJ
1º de Abril
telefonaram-me
avisando-me que vinhas
na noite uma estrela
ainda brigava
contra a escuridão
na rua
sob patas
tomavam homens indefesos
esperei-te 20 anos
até hoje não vieste à minha porta
- foi um puta golpe!
Artur Gomes
A Biografia de um poeta Absurdo
Balbúrdia Poética
Artur Gomes in Pessoa
nesta segunda 11 de agosto 15:30h
no C. E. Nilo Peçanha -
Campos dos Goytacazes-RJ
Itabapoana Pedra Que Voa
dia desses sonhei com alquimia
ciência da transformação
na prova dos nove é alegria
o coração da pedra vira pássaro
e voa para outra dimensão
Artur Gomes
do livro Itabapoana Pedra Pássaro Poema - Litteralux 2025
Dia 27 agosto – 20h
Carioca Bar – Rua Francisca Carvalho de Azevedo, 17 – Parque São Caetano – Campos dos Goytacazes-RJ
Goytacá Boy
musicado e cantado por Naiman
no CD fulinaíma sax blues poesia
2002
ando por São Paulo meio Araraquara
a pele índia do meu corpo
concha de sangue em tua veia
sangrada ao sol na carne clara
juntei meu goytacá teu guarani
tupy or not tupy
não foi a língua que ouvi
em tua boca caiçara
para falar para lamber para lembrar
da sua língua arco íris litoral
como colar de uiara
é que eu choro como a chuva curuminha
mineral da mais profunda
lágrima que mãe chorara
para roçar para provar para tocar
na sua pele urucum de carne e osso
a minha língua tara
sonha cumer do teu almoço
e ainda como um doido curuminha
a lamber o chão que restou da Guanabara
Artur Gomes
Juras Secretas
Editora Penalux – 2018
V(l)er mais no blog
Nenhum comentário:
Postar um comentário